quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

PREFÁCIO

Ali Sina nasceu no Irã. Como a maioria dos iranianos educados, ele acreditava que o Islã era uma religião humanitária que respeitava os direitos humanos. Mas o Sr. Sina também foi abençoado com uma mente inquisitiva, um espírito racional que questionava, sondava e buscava evidências sem vacilar. O que ele lentamente descobriu sobre o verdadeiro Islã o chocou moral e intelectualmente; e mais, o fez perceber, bem antes do 11 de setembro de 2001, que a menos que alguém falasse a verdade sobre a fé em que ele nasceu, o mundo iria ser posto de frente a um sistema de pensamento e crença que iria destruir, não apenas o Ocidente, mas a civilidade como um todo. Desde esse momento de epifania, quando ele descobriu a natureza desumana desta religião, o Sr. Sina tem dedicado a vida a discutir, criticar, e expor os aspectos inaceitáveis do Islã em seu website amplamente cotado Faith Freedom International. 

O Ocidente pode aproveitar os apóstatas do Islã, como Sr. Sina, do mesmo jeito que aproveitou os dissidentes do Comunismo. 

Como eu escrevi no livro Leaving Islam [1], há muitas analogias a serem desenhadas entre o Comunismo e o Islã, tais como Maxime Rodinson [2] e Bertrand Russell apontaram entre a mentalidade dos comunistas dos anos 30 e os islamistas de 1990 e do século 21. Como Russell disse: "entre as religiões, o Bolchevismo (Comunismo) deve ser avaliado com o Maometanismo mais do que com o Cristianismo e Budismo. O Cristianismo e o Budismo são principalmente religiões pessoais, com doutrinas místicas e um amor de contemplação. 

O Maometanismo e o Bolchevismo são sistemas práticos, sociais e não espirituais, que almejam ganhar o império deste mundo" [3]. Consequentemente há o interesse na presente situação e em seus assombrosos paralelos com o Comunismo dos intelectuais da década de 30. Como Koestler disse: "vocês odeiam as advertências que fazemos tal qual advertiu a deusa Cassandra, e nos rejeitam rancorosamente como aliados, mas quando tudo é dito, nós os ex-comunistas somos as únicas pessoas do seu lado que sabem do que se trata tudo isso" [4]. Como Crossman escreveu em sua introdução: "Silone (um ex-comunista) gracejava quando disse para Togliatti que a batalha final seria entre os comunistas e os ex-comunistas. Mas ninguém que não tenha lutado contra o Comunismo como filosofia, e contra os comunistas como opositores políticos pode realmente entender o valor da democracia ocidental. O diabo uma vez já morou no paraíso, e aqueles que não o conheceram provavelmente não reconhecerão um anjo quando encontrarem um" [5].

O Comunismo foi derrotado, pelo menos por enquanto; o Islamismo ainda não foi; e talvez a batalha final será entre o Islã e a democracia ocidental. E esses ex-muçulmanos, para fazerem eco às palavras de Koestler, ao lado da democracia, são os únicos sabem do que tudo se trata, e faríamos muito bem se escutássemos a suas "advertências de Cassandra". 

Nós que vivemos no Ocidente livre e gozamos da liberdade de expressão e descoberta científica, deveríamos encorajar uma olhada racional no Islã, deveríamos encorajar o criticismo alcorânico. Somente tal criticismo pode ajudar os muçulmanos a olharem suas escrituras sagradas de um jeito mais racional e objetivo, e prevenir os jovens muçulmanos de serem fanáticos pelos versos menos tolerantes do Alcorão. É um dever cívico de cada indivíduo que mora no Ocidente se informar sobre o Islã. Mas se eles forem consultar somente as obras disponíveis em grandes livrarias,  eles irão achar apologistas do Islã. É indo ao site impecável e bem documentado de Ali Sina e sua equipe de escritores que nós obtemos uma avaliação mais justa do Islã. Agora, é claro, nós temos o livro dele, que eu recomendo que seja lido cuidadosamente e com urgência por todos os cidadãos responsáveis cujas faculdades críticas não tenham sido embaladas em confusão e embaralhamento pelos tão repetidos slogans sobre o Islã ser uma religião de paz. Graças aos esforços corajosos de especialistas como Ali Sina, não há desculpas para que se permaneça ignorante sobre a religião que pode aniquilar tudo que vocês amam e acham que vale a pena defender. 


Ibn Warraq é o autor de Leaving Islam (Deixando o Islã); What the Koran really says; (O que o Alcorão realmente diz); The Quest for the Historical Muhammed (A Busca pelo Maomé histórico); The Origins of the Koran (As Origens do Corão); e Why I am not a muslim (Por que não sou muçulmano), o livro que inspirou muitos muçulmanos a despertar e a questionarem sua estimada fé.

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